sábado, 6 de novembro de 2010

Fábulas fabulosas para uma juventude non-sense:


A Joaninha:


Adaptação livre por Leandro CDX Morais


Era uma vez umA Joaninha, daquelas vermelhinhas com pintinhas pretas. Ela era uma graça, redondinha, gorduchinha, fogosa que só ela. Mas ela ainda era bem jovem, inexperiente e filha de uma megera, uma Joaninha que de tão severa chamavam de Joanona.

A mãe Joanona, era rígida e conservadora, daquelas que pensam que sexo é coisa proibida. E era justamente sobre sexo que a Joaninha tinha curiosidade, pois ela estava "naquela idade" e já tinha notado que seu corpo estava mudando, ganhando umas pintinhas em lugares diferentes, e também estava ficando mais "arredondada".

Entretanto sempre que ela fazia alguma pergunta sobre essas mudanças, sua mãe Joanona desconversava. "Que pergunta sem cabimento menina!" respondia ela sem responder nada. A coitada da Joaninha não tinha a quem recorrer. Seu pai a muito tempo tinha sumido no mundo. Ele tinha deixado a família por uma Vespa biscate. As más línguas falavam que a troca era porque ele tinha enjoada da Joanona toda gordinha e recatada, e preferiu a esguia Vespa que tinha uma bela saliência glútea. Fato é que ele nunca voltou pra casa.

Então, dia desses, a Joaninha e a mãe Joanona esperam a vez no caixa do mercado. Do lado do caixa havia aquelas preteleiras com balas, chicletes, gomas, Halls, Bubaloo, Trident, e tudo quanto é doce. Mas o que chamou a atenção da Joaninha foram umas embalagens quadradinhas, coloridas, e com sabores escritos: banana, menta, morango, chocolate... Eram preservativos! Quando a Joaninha foi pegar uma camisinha para ver mais de perto do que se tratava, só sentiu o tapão na nuca:

_Larga isso menina! - disse a mãe.
_ Aiiiiiíííí... eu só estou vendo mãe! - retrucou a Joaninha largando a embalagem.
_ Não tem nada para ver! Não vou comprar mais nada pra você hoje. E não mexa em nada, ouviu mocinha? - esbravejou a Joanona.
_ Mas mãe, eu só quero ver o que é...
_Isso é um chiclete minha filha, não está vendo? Está na prateleira dos doces não está? - escapou a mãe pela tangente para não precisar explicar para a filha que aquilo servia para encapuzar um cacete.

E enquanto a mãe passava as compras pelo caixa a jovem ficava fitando a camisinha e pensando: "mas que caralho de chiclete é esse que eu nunca experimentei?"

Cada vez que iam ao mercado, a Joaninha tentava se aproximar da embalagem para averiguar o produto, mas sua mãe, sempre atenta, nunca tirava o olho da menina. E por mais perto que ela chegasse, não conseguia ler a embalagem porque eram umas letras miudinhas.

Todavia, quis o destino que a Joaninha descobrisse, não somente sobre aquele "chiclete misterioso" mas também várias outras coisas que ela gostaria de saber. Joãozinho, um joaninho descolado, arranjou um chiclete da Jontex para ela conhecer. Uma coisa puxa a outra e ele passou a vara nela!

Foi assim que a mãe quase parou de respirar, ao ver a filha Joaninha chegando em casa: a ex-virgem chegou mascando uma camisinha e tentando fazer bola com a danada! Dias depois descobriu que ia ser avó. Daí a véia infartou mesmo.



MORAL DA HISTÓRIA deixo para os meus caros leitores...


CDX

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